Veja a matéria no Blog Iadb por Janaina Goulart
As novas tecnologias – de computadores e smartphones à Internet das Coisas (do inglês, Internet of Things, IoT), passando pelas informações na nuvem e os bitcoins – passaram a dominar nosso ambiente e são elementos da quarta revolução industrial.
Do lar ao trabalho, os cidadãos, os governos e as empresas enfrentam questões inquietantes: Como um governo pode aproveitar os avanços tecnológicos para servir melhor aos cidadãos? Que oportunidades essas novas tecnologias geram para as empresas? Que habilidades os trabalhadores precisam ter hoje para sobreviver ao mercado de trabalho do futuro? E, talvez, a questão mais crucial: o Brasil e os países da região estão preparados para aproveitar essa nova era digital?
Especialmente para gestores públicos, a tecnologia aplicada pode ajudar os governos a serem mais eficientes, assim como oferecerem melhores serviços aos cidadãos. As oportunidades são múltiplas e exponenciais. Alguns exemplos a partir da adoção de novas tecnologias são:
Arrecadar mais e melhor. Estima-se que as tecnologias digitais em todo o mundo possam aumentar a arrecadação de impostos em aproximadamente 2% do PIB anualmente, além de ajudar os governos a taxar riquezas escondidas em paraísos fiscais. Estados brasileiros estão desenvolvendo soluções baseadas em inteligência artificial e big data para rastrear potenciais empresas fraudulentas antes mesmo que sejam abertas, predizer quanto arrecadarão anualmente, entre outras aplicações.
Promover a participação cidadã. Em Montevidéu, os cidadãos decidem a partir de seus celulares como será aplicado o orçamento municipal. A tecnologia aberta pode ser adaptada também para outros fins, como decisões sobre obras. No Brasil, startups têm ajudado cidades com soluções semelhantes, em que os cidadãos alertam a administração pública sobre problemas urgentes e estabelecem um canal de comunicação direta com os gestores responsáveis.
Investir o recurso público com mais eficiência. Especialmente em períodos de restrição fiscal, a eficiência ganha ainda mais destaque na administração pública. A digitalização de governos e serviços permite que as interações e transações sejam executadas por meio de sistemas de informação, o que ajuda os gestores a tomarem melhores decisões, e com isso economizar recursos. Desde criar cidades mais inteligentes e resilientes a usar software aberto para implementar soluções mais custo-efetivas de saneamento básico, o cardápio de aplicações é infinito.
Melhorar os serviços aos cidadãos. Plataformas de robôs de atendimento de alta complexidade baseadas em inteligência artificial são capazes de automatizar processos operacionais, como marcação de consultas médicas por exemplo, liberando os servidores públicos para se dedicarem a tarefas mais estratégicas. Outra aplicação vem sendo na redução de trâmites burocráticos, liberando os cidadãos de longas filas para resolver questões simples.
Adaptar inovações existentes ao invés de desenvolvê-las. A inovação aberta está começando a ganhar terreno no setor público brasileiro. O Brasil conta com o maior ecossistema de inovação da região, com mais 12 mil startups desenvolvendo tecnologias de ponta. O Pitch Gov. SP é um exemplo de como o estado buscou esses negócios para resolver problemas específicos em áreas como saúde, educação e mobilidade. Além de contar com soluções mais custo-efetivas, outra vantagem da inovação aberta é o legado que os gestores envolvidos constroem dentro da administração pública a partir da interação com estes negócios.
Tecnologias que estão definindo a quarta revolução industrial
Nesta conversa, Juliano Seabra, chefe da Divisão de Inovação do Setor de Conhecimento, Inovação e Comunicação do BID, detalha os principais impactos e as principais oportunidades que as tecnologias oferecem:
Aprenda sobre economia digital de graça
Para facilitar a busca de informação sobre o potencial de uso dessas tecnologias, o BID está oferecendo o curso online gratuito e em português Desafios e oportunidades na economia digital, trazendo detalhes sobre essas transformações e inovações disruptivas. O curso aberto e massivo é oferecido por meio da plataforma digital edX, uma parceria entre a Universidade de Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
As inscrições estão abertas e você estuda no seu ritmo. Se você se registrar até o dia 05/11/2019 terá tempo hábil para assistir todo o curso ainda este ano. Você vai aprender a reconhecer o impacto que a nova economia digital está tendo sobre a vida das pessoas, sobre as atividades econômicas e os governos, identificando os riscos de não estar preparado para este contexto.